Projeto Mais Cinema apresenta fábula sobre um mundo iluminado


  

Hoje, às 20h, o Projeto Mais Cinema vai exibir na Casa da Cultura Carlos Drummond de Andrade o filme “Uma Vida Iluminada” que em 2005 marcou a estreia do ator estadunidense Liev Schreiber como cineasta. A obra é um road movie sobre um jovem escritor que viaja para o Leste Europeu em busca da mulher que salvou seu avô na Segunda Guerra Mundial. A entrada é gratuita.

Jonathan, interpretado pelo estadunidense Elijah Wood, conhecido por filmes como “O Senhor dos Anéis”, “Hooligans” e “Sin City”, é um emotivo colecionador de objetos comuns e incomuns como embalagens vazias, selos, xícaras de chá, fotos, cartões, dentaduras, terras, insetos e lembranças familiares. Logo que chega à Ucrânia, conhece o guia Alex Perchov, personagem do músico ucraniano Eugene Hutz, vocalista da banda icônica de gypsy punk Gogol Bordello que inclusive assina a trilha sonora do filme.

Perchov que se veste como um rapper negro, personificando das mais diversas formas a globalização, se diz especialista na descoberta de heranças culturais e lidera uma equipe formada por ele, o avô mal-humorado que se considera cego e o demente cão-guia Sammy Davis Jr. A bordo de um carro soviético em frangalhos, o grupo vive inúmeras aventuras pelo interior da Ucrânia.

Aos poucos, a estória assume um caráter de fábula reforçada não apenas pela linguagem, costumes e estranheza dos personagens, mas também pela própria fotografia de Matthew Libatique que rica em detalhes transcende a narrativa e convida o tempo todo o espectador a um mergulho por um universo de cores tão vívidas que remetem ao hiperrealismo.

No filme, a leveza contrasta com a intensidade e o burlesco com a beleza em sua forma mais simplificada. E mais interessante ainda, “Uma Vida Iluminada” foge dos clichês ao abordar o holocausto sem decair para o melodrama que nivela os filmes que discutem o tema. Em suma, uma obra ímpar de sensibilidade, diversão e reflexão. Ao final da exibição, o jornalista David Arioch faz uma análise do filme e abre espaço para o público.

Fonte: Fundação Cultural de Paranavaí






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