Brasil fechou mais de 94 mil postos de trabalho em julho


  

Pelo 16º mês consecutivo, o número de demissões superou o total de contratações com carteira assinada, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (25/8) pelo Ministério do Trabalho. Em julho, o saldo entre demissões e contratações foi de menos 94.724 empregos formais. Ao todo foram registradas 1.168.011 admissões e 1.262.735 desligamentos.

No acumulado do ano, segundo o Caged, 623.520 postos de trabalho formal foram fechados, com variação negativa de 1,57% em relação ao mesmo período de 2015. Nos últimos 12 meses (agosto de 2015 a julho 2016), o total de demissões superou o de contratações em 1.706.459, representando uma variação de negativa de 4,18%.

Os setores que registraram as maiores perdas de emprego foram o de serviços (-40.1470 postos), da construção civil (- 27.718 postos), do comércio (-16.286 postos) e da indústria de transformação (-13.298 ). Por outro lado, os setores agrícola (+4.253 postos) e administração pública (+237) tiveram mais contratações do que demissões em julho.

Segundo o Caged, o desempenho positivo da agricultura está relacionado a fatores sazonais, como cultivo de lavoura temporária em São Paulo; o cultivo de soja, em Mato Grosso; e o cultivo de uva em Pernambuco.

Todas as regiões registraram queda no nível de emprego formal em julho, sendo que a Região Sudeste foi a que teve a maior perda de postos de trabalho, com 661.757 demissões ante 616.119 contratações, com saldo de 45.638 postos a menos. A Região Sul teve saldo negativo de 23.603 postos, Nordeste -19.558 postos, Centro-Oeste -2.219 postos e Norte -3.706 postos de trabalho formal.

O estado de Minas Gerais teve a maior perda de empregos (- 15.345 postos), seguido de São Paulo (-13.795 postos) e Rio Grande do Sul (-12.166). Influenciado pela agricultura, Mato Grosso teve saldo positivo de 2.016 postos de trabalho.

Queda de postos de trabalho perde fôlego em julho no Paraná
O Paraná fechou julho com um saldo negativo de 5.618 vagas com carteira assinada, resultado da diferença entre 85,4 mil admissões e 91,1 demissões, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério do Trabalho.

O saldo negativo, no entanto é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando houve uma perda de 12.355 postos de trabalho. Foi o menor saldo negativo do Sul do País. Santa Catarina eliminou 5.819 vagas e o Rio Grande do Sul 12.166 postos de trabalho em julho.

Apesar de ainda negativo, a redução no ritmo de perda de postos de trabalho reforça a avaliação de que o pior momento para o emprego já passou no Estado. “Embora ainda esteja negativo, o indicador está menos pior do que no ano passado. Ainda não é uma recuperação, estamos em crise, mas pode indicar que o saldo de empregos possa gradualmente melhorar nos próximos meses. A projeção é que o Paraná, até o final do ano, registre algum saldo positivo, ainda que pequeno”, diz o diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social), Julio Suzuki.

No acumulado de janeiro a julho, o saldo ficou negativo em 22.059 vagas no Paraná, com uma queda do saldo negativo de 0,83% em relação ao estoque de empregos em dezembro do ano passado.

A agropecuária seguiu liderando a geração de vagas no Estado nos primeiros sete meses do ano, com saldo positivo de 1.267 empregos, seguida pelo setor de administração pública, com 610 vagas e Serviços, com 35.

Em julho, por conta da sazonalidade da safra, a agropecuária fechou 190 vagas no Estado. Os destaques positivos foram administração pública, com saldo positivo de 191 vagas, serviços de utilidade pública (114) e construção civil (7).

O setor de serviços foi o que mais eliminou postos, com saldo negativo de 2.203 empregos, seguido pela indústria de transformação, com 1.967.

Apesar de alguns sinais de melhora da economia brasileira, o emprego deve ser o último a se recuperar, de acordo com Suzuki. A trajetória mais lenta de melhora do emprego se deve à cautela do empresário em contratar. “Com os altos custos da contratação, as empresas vão esperar ao máximo para voltar a gerar novas vagas. Isso só deve ocorrer quando as incertezas tiverem passado”, diz.

Fonte: Agência Brasil e Agência Estadual de Notícias






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