Primavera para Hitler

O filme mal começa e o espectador logo é introduzido ao mundo degradante, embora cômico, de Max Bialystock (Zero Mostel), um produtor de teatro fracassado que sobrevive mantendo romances quase simultâneos com mulheres idosas. Na estória, Bialystock conhece o contabilista Leo Bloom (Gene Wilder) que lhe apresenta a teoria do insucesso. Basicamente, Leo explica a Max que superfaturar uma peça de teatro ruim aumenta as chances de um produtor enriquecer. A justificativa está no fato de que sem retorno financeiro não há lucro para dividir com os investidores, e desse modo todos devem aceitar o fracasso como uma consequência natural.

A peça que eles decidem produzir depois de muito tempo de pesquisa é “Primavera para Hitler”, um musical criado por um lunático imigrante alemão que vivenciou a Segunda Guerra Mundial e defendeu o regime nazista. A peça escrita pelo germânico é uma cômica e caricata perspectiva romântica sobre o nacional socialismo e, principalmente, o Führer. Além da banalização ideológica dos regimes totalitaristas, Mel Brooks mostra que a própria natureza humana, sempre atraída pelo que parece incomum, impede que o homem seja politicamente correto; exemplo disso é o sucesso da peça e surpresa de Bialystock e Bloom, crentes que o público condenaria o espetáculo pelo teor xenófobo.

O Projeto Mais Cinema é gratuito e oferece pipoca e refrigerante para o público. Ao final de cada exibição, o jornalista David Arioch faz uma análise do filme e inicia o debate. O projeto tem apoio da Abdallah Produções, Refrigerantes Garoto e Juan Carlos Saavedra (Comunicação e Webdesign).