IBGE mostra expansão de 23,2% na produção de citros no Paraná


  

A produção de frutas cítricas desponta como a principal atividade geradora de renda da fruticultura paranaense. O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), sobre a Produção Agrícola Municipal 2007 (PAM), que abrange culturas temporárias e permanentes em 5.565 municípios brasileiros, apresenta como destaque o crescimento de 23,2% na produção de citros do Paraná.

O IBGE revela que a citricultura paranaense foi implantada com alta tecnologia, está em plena expansão e, em 2007, sua produção atingiu 502.979 toneladas, gerando Valor Bruto da Produção de R$ 149,9 milhões naquele ano. Esse resultado representou crescimento de 23,54%, em relação à renda gerada pelo setor em 2006, que foi de R$ 121,3 milhões. A pesquisa do IBGE foi divulgada nesta quarta-feira (17/12).

Os municípios que mais se destacam na produção de citros concentram-se na região Noroeste do Estado, como Paranavaí, Alto Paraná, Rolândia e Nova Esperança. “Esse crescimento está sendo alcançado atualmente porque, em 1980, o Governo do Estado em parceria com produtores e cooperativas abraçaram a citricultura como processo de diversificação no Noroeste do Estado”, informou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Para Andrade, a pesquisa do IBGE revela o grau de maturidade da citricultura paranaense, que é resultado de anos de trabalhos e parcerias entre os setores público e privado. Essa parceria foi fortalecida pelo envolvimento do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), que pesquisou variedades resistentes a doenças como o cancro cítrico.

Essa parceria saiu fortalecida recentemente com o trabalho do Departamento de Fiscalização e da Defesa Agropecuária (Defis) com o monitoramento da Doença de Greening que ataca os citros. “Para atender às recomendações da fiscalização, o agricultor tem que se manter atento aos pomares e essa postura se reverte em maior produtividade”, disse o agrônomo.

Lavouras – A pesquisa revela ainda que o bom desempenho das lavouras de soja, milho e cana-de-açúcar na safra 2007 impulsionou o Valor Bruto da Produção no Brasil, que cresceu 17,7% em relação à safra 2006. As lavouras com produtos permanentes e temporários proporcionaram em todo o País Valor Bruto da Produção da ordem de R$ 116 bilhões, aumento de R$ 17,6 bilhões em relação ao ano anterior. Naquele ano o cenário internacional estava favorável às exportações de soja e milho.

Segundo o IBGE, para atender essa demanda os produtores optaram por um bom padrão tecnológico, aumentando os investimentos em insumos, o que foi determinante para o bom desenvolvimento das culturas. Além disso, o clima que nos últimos anos vinha afetando negativamente o setor agrícola, em 2007, de uma forma geral, favoreceu as plantações.

A safra de cana de 2007 foi a mais alcooleira dos últimos anos, atestou o IBGE com destaque para o estado de São Paulo que é o maior produtor dessa cultura no País. Naquele ano, o Paraná plantou e colheu 538.931 hectares com cana, produzindo 45,88 milhões de toneladas. Esse segmento gerou Valor Bruto da Produção de R$ 1,39 bilhão no Estado.

Conforme o Deral, no Paraná, as áreas de pastagens da região Noroeste foram deslocadas para o cultivo da cana-de-açúcar com a expectativa e euforia que o setor sucroalcooleiro proporcionou a partir de 2005, cujo ápice foi em 2007. Naquele ano, o volume de cana industrializada cresceu 25% em relação ao ano anterior.

Grãos – Ainda segundo a pesquisa do IBGE, a soja rendeu ao Paraná Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 5,8 bilhões, que correspondeu à cerca de um quinto do valor arrecadado com a produção em todo o País, que totalizou um VBP de R$ 25,8 bilhões. A produção paranaense naquele ano atingiu 11,87 milhões de toneladas colhidas de uma área cultivada de quatro milhões de hectares.

As duas safras de milho cultivadas no Paraná renderam 14,25 milhões de toneladas, que proporcionaram renda bruta de R$ 4 bilhões, cerca de 25% do Valor de Produção obtido no País com a cultura, que foi de R$ 15,6 bilhões.

A produção de feijão, cultivado em três safras no Estado, alcançou volume de 766.792 toneladas e Valor de Produção de R$ 565,3 milhões. No País, o Valor da Produção de feijão alcançou R$ 3,89 bilhões.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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