Mamona é aposta na diversificação agrícola


  

O cultivo da mamona para a extração de óleo é a aposta para a diversificação agrícola no Noroeste do Estado. A iniciativa é do projeto “Paraná Mamona”, que vem sendo desenvolvido desde 2006 pela Incoep (Indústria de Óleos Paranavaí) e que tem base de atuação na região de Paranavaí.

A meta é a instalação de uma indústria para beneficiamento e esmagamento da oleaginosa produzida pela mamoeira, planta da família das Euforbiáceas, a mesma da mandioca, seringueira e pinhão manso.

O projeto Paraná Mamona ganhou uma injeção de ânimo na última semana. O deputado Waldyr Pugliesi, presidente estadual e líder do PMDB na Assembléia Legislativa, garantiu uma audiência do coordenador da proposta, Vinicio Tinti, com os secretários estaduais Valter Bianchini (Agricultura e Abastecimento) e Virgílio Moreira Filho (Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul). “Temos que dar todo apoio possível para a agricultura familiar e principalmente para a diversificação agrícola no nosso Estado”, destacou o deputado.

O encontro, na Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento em Curitiba, contou com participação de técnicos das duas Secretarias, da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) e do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul), que pode financiar parte ou integralmente a instalação da indústria em Paranavaí. A reunião também teve presença de empresários agrícolas ligados à produção de mamona.

“O projeto está bastante adiantado, só faltando os recursos para a indústria que dará suporte para os produtores de mamona”, informou o coordenador da Incoep, Vinicio Tinti. Segundo ele, nos últimos três anos foram realizados estudos e pesquisas com várias espécies de plantas, que determinaram ser a mamona ideal para as qualidades do clima (quente) e do solo (arenoso) típico do Noroeste do Paraná.

PROJEÇÃO – A intenção é utilizar a mamona, oleaginosa incluída como fornecedora de matéria prima para fabricação de biodiesel no Brasil, para completar o ciclo de culturas nas áreas que ficam ociosas entre uma safra e outra. Os estudos e pesquisas, segundo Tinti, contam com a colaboração de técnicos da Embrapa e do Instituto Agronômico de Campinas (São Paulo). Atualmente, mais de dois mil hectares de área, em aproximadamente 120 municípios do Estado, estão cultivados com a oleaginosa.

Para viabilizar o funcionamento efetivo do projeto é necessário o envolvimento de dois mil pequenos agricultores, informa o coordenador. “Hoje contamos com mais de 700 cadastrados já”, disse. A indústria que será instalada no município de Paranavaí, de acordo com Tinti será a primeira do Brasil especializada no beneficiamento da mamona.

“Quando ela estiver em pleno funcionamento, teremos condições de fazer uma programação de plantio e colheita o ano todo do produto”, informou. De acordo com Tinti, a audiência agendada pelo deputado Waldyr Pugliesi foi fundamental para conseguir viabilizar o projeto junto à Emater e ao BRDE. Os investimentos na primeira fase da indústria serão de aproximadamente R$ 10 milhões. A previsão, segundo ele, é que a estrutura comece a operar já em 2009. Leia mais sobre o Paraná Mamona no link www.incoep.com.br.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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