Empregos gerados este ano no Paraná sobem para 154 mil e têm novo recorde

Foi mais um recorde do Estado. Com os novos números, subiu para 154 mil o total de novos postos de trabalho com carteira assinada este ano no Paraná e manteve o Estado entre os líderes nacionais, juntamente com São Paulo e Minas Gerais.

Os dados dos primeiros nove meses do ano já superam o de qualquer ano completo, desde o início do levantamento. Para se ter uma idéia, o melhor ano no Paraná ocorreu em 2004, quando foram registrados 122.648 empregos formais.

Os números de setembro são 22,7% que os atingidos no mesmo mês de 2007, quando foram gerados 14.189 empregos. Os resultados têm como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com relação ao acumulado do ano, houve um crescimento de 17,8% em relação ao período entre janeiro e setembro do ano anterior.

O Paraná também alcançou uma liderança folgada em relação aos demais Estados do Sul. Santa Catarina gerou 88.926 empregos este ano e o Rio Grande do Sul, 101.323.

A Região Metropolitana de Curitiba teve resultado recorde para o período, com 53.759 postos de trabalho criados. O interior, mesmo com a entressafra na agricultura, respondeu pela maioria dos empregos gerados: 65,3%, ou seja 101.137 pessoas contratadas com carteira assinada.

De acordo com o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, a agropecuária paranaense deve seguir a tendência dos demais Estados do Centro-Sul do país e apresentar evolução menor nas contratações. “Mas o desenvolvimento dos setores de serviço, indústria e comércio vão manter os bons números de geração de empregos formais no interior do Estado”, avalia.

O emprego no campo - aponta ainda o secretário - vai desacelerar devido aos ajustes sazonais relacionados ao clima e comuns nesta época do ano. “Acredito, entretanto, que o Paraná vai manter o bom desempenho na geração de postos de trabalho porque as cidades do interior não têm mais a economia baseada exclusivamente na agricultura. A política de desenvolvimento industrial e urbano do governo Roberto Requião permite que os municípios gerem emprego e renda em outros setores”, analisa.

SETORES - De acordo com o Caged, a construção civil foi a atividade que mais cresceu na comparação entre os nove primeiros meses de 2007 com o mesmo período de 2008 no Estado. Contratou 17.790 pessoas, alta de 81,7%.

O setor de serviços abriu 42.671 postos de trabalho formal e apresentou expansão de 40,9%. No comércio, foram empregados 27.885 trabalhadores, resultando em aumento de 39,2% se comparado com igual período do ano anterior. A agropecuária empregou 12.915 trabalhadores rurais e apresentou alta de 2,3%

A indústria da transformação, mesmo tendo gerado 51.784 empregos com carteira assinada no acumulado de 2008, não conseguiu repetir o excelente resultado de 2007 e teve retração de 10,6%. Uma das causas foi a paralisação da Refinaria da Petrobrás, em Araucária.

ESTOQUE - No último dia de setembro, o estoque de mão-de-obra apontava no Paraná 2.102.416 carteiras de trabalho assinadas, crescimento de 7,4% nos últimos 12 meses. Deste total, 621.045 empregos foram gerados a partir de 2003, início do governo Requião. Para avaliar a dimensão, o Caged aponta que, nos oito anos anteriores, foram gerados 37.882 empregos formais.

BRASIL - O mercado formal de trabalho brasileiro inseriu 2.086.570 formalizados nos oito nove primeiros meses de 2008, proporcionando alta de 29,8% se comparado com igual período de 2007. Entre 2003 e setembro de 2008 foram gerados 8.355.338 novos postos de trabalho celetistas. O estoque de trabalhadores com carteira assinada no país - gozando de direitos como 13º salário, férias, depósito do FGTS - é de 31,05 milhões.

TABELA COMPARATIVA:

Geração de empregos formais no Paraná

1995 - 25.327
1996 - 32.805
1997 7.463
1998 - 35.657
1999 - 16.549
2000 28.143
2001 53.857
2002 58.857

Saldo do período: 37.882

2003 62.370
2004 122.648
2005 72.374
2006 86.396
2007 122.361
2008 154.896 (janeiro a setembro)

Saldo do período: 621.045