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O Paraná retomou a condição de exportar carne bovina para a União Européia, menos de 30 dias após recuperar o status de área livre com vacinação contra febre aftosa junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Em comunicado feito nesta segunda-feira (30) pelo Comitê Veterinário Permanente da União Européia, com sede em Bruxelas, os Estados do Paraná e São Paulo poderão exportar carne bovina “in natura” para os países europeus, das propriedades cadastradas como Estabelecimento Rural Aprovado Sisbov (ERAS).
Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, essa decisão representa a consolidação definitiva do retorno das oportunidades de exportação para a pecuária paranaense. “A abertura de mercado da UE, que é um dos mais exigentes do mundo, é um reconhecimento da boa qualidade sanitária da pecuária paranaense”, afirmou.
Com essa decisão, os dois Estados voltam a ter a mesma condição exportadora de carne bovina “in natura”, que tinham em 2005. Segundo Bianchini, agora será reiniciado o cadastramento das propriedades que estão no ERAS para o Paraná voltar a exportar.
Para o diretor do Departamento de Fiscalização (Defis), Silmar Bürer, essa decisão representa o reconhecimento de todo o trabalho de sanidade pecuária que vem sendo realizado em parceria com a iniciativa privada durante esses dois anos e meio. “Agora, essa decisão representa a abertura efetiva dos mercados”, disse. Segundo Bürer, houve o empenho do produtor em vacinar o rebanho e o empenho do governo do Estado e das entidades da iniciativa privada em intensificar o trabalho de vigilância sanitária animal em todo o Paraná, especialmente nas regiões de fronteira onde o risco de se contrair a doença é maior.
PROPRIEDADES - No Sisbov (Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos) constam o cadastro de 269 ERAS (propriedades) paranaenses, rastreadas por oito entidades certificadoras. Isso significa que elas passaram por vistorias atestando que 100% dos animais bovídeos (bovinos e bubalinos) foram identificados individualmente com número Sisbov.
A lista de propriedades aprovadas à exportação para a União Européia aumentará conforme estas propriedades forem passando por auditoria oficial. Só depois disso passarão a integrar a lista de propriedades habilitadas pela UE.
A Instrução Normativa (IN-24) diz no artigo 66 que os médicos veterinários dos órgãos estaduais de Defesa Sanitária Animal previamente habilitados pelo Ministério da Agricultura serão os auditores para os ERAS. Para isso, seis técnicos da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento já foram treinados para a realização dessas auditorias. E novas capacitações estão sendo previstas, visando treinar 100% dos médicos veterinários da Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA).
Fonte: Agência Estadual de Notícias
