Acadêmicos da Esalq/USP visitam Paranavaí durante excursão técnico científica


  

Acadêmicos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), estiveram nesta terça-feira (24) em Paranavaí participando de uma excursão técnico cientifica que está percorrendo o Norte e Noroeste do Paraná em busca de aprimoramento na parte da extensão e de experiências em campo.

Segundo o professor doutor do Departamento de Ciência do Solo e líder da excursão, Godofredo Cesar Vitti, o estado foi escolhido por ser referência na agricultura, com altos investimentos e expressivos resultados nesta área. Já Paranavaí foi selecionada pelas particularidades do seu solo arenoso, segundo ele, extremamente complicado de trabalhar por sua baixa fertilidade e conservação.

Além de Paranavaí, o grupo também está visitando as cidades de Londrina, Campo Mourão, Umuarama e Palotina que, segundo ele, são exemplos de áreas com solos mais e menos férteis. De acordo com Vitti, foi o solo arenoso de Paranavaí que fez com que agricultores buscassem alternativas de culturas mais rentáveis, como foi o caso da cana-de-açúcar e a mandioca. Esta última, segundo ele, com um grande potencial ainda a ser explorado na região.

“Hoje tiramos da mandioca mais de 100 subprodutos. Trata-se de uma planta nativa muito rica se comparada com o trigo, que tem muito menos uso”, afirmou o professor que defende o uso da mandioca ao invés do trigo na produção de alimentos como o pão francês, entre outros. Para isso ele dá o nome de “pão dos trópicos”.

Segundo Vitti, a expansão da mandiocultura em Paranavaí representaria o aquecimento da economia do município, tendo em vista o aumento de empregos e, consequentemente, de empresas de produtos e implementos agrícolas, o incremento no setor de transporte, etc.

“Aumentar a produtividade não é tarefa simples”, aponta o professor, “e depende de diversos fatores como o controle de pragas, doenças e ervas daninhas, cultivo, clima e solo”. Sendo assim, ele defende que a cidade busque cada vez mais convênios e parcerias com instituições renomadas da área, como é o caso do Iapar, Embrapa, entre outras. “Com a formalização desses convênios a cultura tem tudo para crescer ainda mais”, apontou.

O prefeito Rogério Lorenzetti visitou o grupo nesta terça-feira no hotel onde estava hospedado e conversou com Godofredo Vitti sobre o potencial agrícola da região e, em especial, a mandiocultura. Para Lorenzetti, a denominação “pão dos trópicos” é uma ótima estratégia de marketing, haja vista que a planta é, e sempre foi, a base da dieta alimentar de muitos povos.

“Temos em Paranavaí uma vasta produção de mandioca e também diversas fecularias na região. Isso já é motivo suficiente para que possamos investir ainda mais nessa cultura e em seus subprodutos. Além disso, acredito que a mandioca tem muito a avançar em termos de tecnologia. Por isso que é tão importante o interesse dos professores e acadêmicos da Esalq nesta cultura. Trata-se de uma das melhores e mais antigas instituições agronômicas do país e com a colaboração desse grupo o processo de novas tecnologias poderá ser muito mais rápido e eficiente”, avaliou o prefeito.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social - Prefeitura do Município de Paranavaí






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