Secretarias intensificam fiscalização da venda do leite in natura

De acordo com o chefe da vigilância sanitária do município, Fábio Tranin, a maior parte dos produtores de leite cadastrados na Apelp (Associação dos Produtores e Entregadores de Leite de Paranavaí) não está levando o leite para ser pasteurizado antes da venda. Ele explica que o produtor tem o livre arbítrio para pasteurizar o leite no local de sua preferência, desde que siga as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Com o apoio da Apelp, a vigilância continuará a fiscalização e apreensão do leite cru, que num primeiro momento será pasteurizado e devolvido ao produtor, que pagará pelo serviço. Já num segundo momento será aplicada multa e o leite apreendido será pasteurizado e doado para entidades assistenciais.

O médico veterinário da 14ª Regional de Saúde, Ailton Benini, explica que o consumo do leite in natura oferece perigo para toda a população. “A pessoa que consome o leite sem pasteurização corre sérios riscos de contrair doenças como brucelose, tuberculose e infecções tóxico-alimentares. O processo de pasteurização serve para eliminar as fontes patogênicas presentes no leite. Se a pessoa ferve o leite, ela pode eliminar algumas bactérias, mas as toxinas ficam e as características do leite são alteradas, como a proteína, por exemplo. Então o ideal e o que é exigido por lei é que seja pasteurizado, procedimento que mantém as características do leite”, lembrou Ailton.

“Tem muita gente ainda entregando o leite in natura, o que é proibido. Todos devem tomar consciência que hoje existe um laticínio para fazer a pasteurização e que todos os produtores podem usar desse serviço. Pedimos a população que diga não ao leite in natura, pois só o leite pasteurizado levará segurança e saúde para a sua família”, afirmou Marli Novaes da Silva, presidente da Apelp.