Força-tarefa contra dengue apresenta primeiros resultados positivos


  

A força-tarefa contra a dengue no Paraná começa a apresentar os primeiros resultados positivos. Organizado pelo Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, sob orientação direta da Secretaria de Estado da Saúde, o mutirão conseguiu diminuir a incidência de casos em Nova Cantu, Quinta do Sol, ambos na Região Centro-Oeste, e Florestópolis, no Norte, todos em situação de epidemia.

As três cidades receberam intervenções específicas contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti no fim do ano passado. Desde então, o número de casos confirmados vem caindo semana a semana. Em Nova Cantu, passou de 4,8 mil por 100 mil habitantes na semana mais crítica para 18 por 100 mil habitantes no levantamento da semana passada. Em Quinta do Sol, de 4,1 mil para 409. E em Florestópolis de 160 para 9.

Os números foram apresentados nesta terça-feira (14/1) durante reunião do secretariado com o vice-governador Darci Piana. “Os resultados já começam a aparecer, mostrando que as ações tomadas pelo Estado estão surtindo efeito”, destacou o vice-governador.

Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto lembrou que atualmente são 22 cidades nesta condição no Paraná. “Continuamos acompanhando o combate ao mosquito dia a dia, município a município. Com a intervenção do Governo do Estado, das prefeituras e a ajuda da comunidade, estamos conseguindo diminuir a incidência da doença”, afirmou.

Preocupante - Apesar da melhora parcial no quadro, o secretário reforça o alerta à população para manter vigilância contra o transmissor da doença. Ele lembrou que a situação do Estado como um todo ainda é bem preocupante e merece atenção.

Boletim divulgado nesta terça-feira (14/1) pela Secretaria da Saúde apontou 6.068 casos confirmados da doença, um aumento de 4.056% em relação ao mesmo período do ano passado (146 casos). Houve um acréscimo também de 13% quando comparado com a semana passada (5.343 casos). “Precisamos falar com as pessoas, contar com a união de todos para derrotar a dengue”, disse.

Depósitos – Beto Preto reforçou, ainda, que 80% dos criatórios do mosquito Aedes aegypti são removíveis. Levantamento da Secretaria da Saúde realizado em novembro do ano passado revelou que lixos (41%), armazenamentos domésticos (22%), vasos/garrafas (21%) e pneus (7%) são os principais focos da proliferação do transmissor. “Por isso contamos com varreduras por parte das pessoas para acabar com qualquer ponto de água parada”, ressaltou o secretário.

Paranavaí – Pela primeira vez o boletim da Secretaria da Saúde apontou um município médio do Estado em situação de epidemia. Paranavaí, no Noroeste, registrou nesta semana 450 casos de dengue por 100 mil habitantes. “É um dado preocupante. Faremos uma aproximação ainda maior com a cidade e estabelecer algumas ações em conjunto”, destacou Beto Preto.

Prevenção que será reforçada também no Litoral do Estado. Na quinta-feira (16/1), haverá um grande mutirão de conscientização contra a doença em Matinhos, dentro do Programa Verão Maior. Além de ações educativas, estão previstas também a limpeza de áreas e prédios públicos.

Epidemia – Além de Paranavaí, Nova Cantu, Quinta do Sol e Florestópolis, também estão em situação de epidemia os municípios de Juranda, Peabiru, Diamante do Norte, Guairaçá, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo, Colorado, Doutor Camargo, Floraí, Paranacity, Uniflor, Braganey, Douradina, Paraíso do Norte, Tamboara, Sertaneja e Guaíra.

Veneno – A partir de fevereiro o Paraná contará com um novo agente no combate à dengue. De acordo com Beto Preto, o Ministério da Saúde vai disponibilizar veneno diferente contra a doença. O inseticida Cielo (praletrina e imidacloprida) vai substituir o Malathion nas ações conhecidas como fumacê. “Nossos técnicos passarão por treinamentos específicos no começo do próximo mês”, disse o secretário.

Mortes – De agosto de 2019 até o momento, o boletim da secretaria estadual e o Sistema Nacional de Agravos de Notificações (Sinan) confirmam duas mortes por dengue no Estado, no município de Nova Cantu. Os dois óbitos ocorreram no final do ano passado, um em novembro e o outro em dezembro.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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