Georreferenciamento auxilia combate à dengue, em Paranavaí


  

Os dados divulgados recentemente pela prefeitura de Paranavaí, no noroeste do estado, não são nada animadores. No município foram confirmados aproximadamente quatro mil casos de dengue, seis estão sob investigação e cinco óbitos em decorrência da doença foram registrados. Diante do dado expressivo, municípios de todo o Estado travam uma nova batalha contra o mosquito Aedes aegypti e, com isso, soluções inovadoras têm aparecido nos radares do combate à epidemia.

Para desacelerar os números em Paranavaí, a tecnologia passou a fazer parte da força-tarefa contra o mosquito. Desde fevereiro deste ano, o município utiliza o sistema SigWEB. Por meio de imagens aéreas captadas por drones, a plataforma faz um mapeamento detalhado dos bairros e identifica, em tempo real, possíveis focos de criadouros do mosquito transmissor de dengue, Zyka e Chikungunya.

Georreferenciamento auxilia combate à dengue, em Paranavaí
Georreferenciamento auxilia combate à dengue, em Paranavaí

“Após o mapeamento dos bairros onde há prováveis criadouros, as informações são direcionadas a um aplicativo de celular que os agentes de endemias utilizam diariamente. O agente vai até o imóvel para averiguar a situação, preenche um boletim de vistoria informando qual a atitude tomada e, se for necessário, encaminha o caso para o setor de endemias avaliar e notificar o proprietário. Vale ressaltar que além dos terrenos, o sistema faz o mapeamento de piscinas, considerado um criadouro importante do mosquito da dengue”, detalha o engenheiro, Máicon Altir Canal, responsável técnico pela CTMGEO, empresa cascavelense que desenvolveu a plataforma.

A solução tecnológica, segundo a chefe de Vigilância Sanitária de Paranavaí, Keila Stelato, já tem mostrado resultados positivos. Isso porque com a precisão oferecida pelo sistema, há mais assertividade no trabalho desenvolvido pelos agentes de combate a endemias e fiscais sanitários.

“Facilitou o nosso serviço, pois já estamos com uma prova do potencial de risco para dengue. Dessa forma, conseguimos aplicar as infrações e intimar para a limpeza de forma mais ágil e eficiente”, relata Keila.

Outro fator importante, segundo a servidora, é a possibilidade de a Prefeitura atingir os públicos que realmente precisam de mais orientações quanto ao ciclo de vida do mosquito.

“O comportamento da população precisa ser trabalhado com uma equipe multiprofissional. Estamos nesta luta desde novembro de 2019 e com a plataforma da CTMGEO, vamos mapear a população mais frágil e acompanhar o acúmulo de materiais por meio das fotos captadas no sistema”, observa.

No sistema, celeridade e atualização são palavras-chaves. Continuamente, são atualizadas as imagens aéreas dos mais de cem loteamentos da cidade, possibilitando uma análise concreta das verdadeiras situações dos locais. “Avançamos muito com a ferramenta em uso”, finaliza Keila.

Fonte: pro.zza comunicação






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