Órgãos sanitários intensificam fiscalização e alertam sobre perigo do leite in natura


  

A Vigilância Sanitária (Visa) de Paranavaí, órgão vinculado a Secretaria de Saúde, está intensificando a fiscalização dos produtores de leite do município, com a finalidade de tentar acabar com a comercialização do leite in natura (leite não pasteurizado), que oferece sérios riscos à saúde da população.

Em janeiro deste ano, a Visa já havia divulgado que estaria fiscalizando os chamados “leiteiros”, já que, de acordo com a chefe de vigilância sanitária do município, Edna Stéfano, a maior parte dos produtores de leite cadastrados na Apelp (Associação dos Produtores e Entregadores de Leite de Paranavaí) não estava levando o leite para ser pasteurizado antes da venda.

Com o apoio do prefeito Rogério Lorenzetti, e parceria com a Apelp, a Visa continuará a fiscalização e apreensão do leite cru, que num primeiro momento será pasteurizado e devolvido ao produtor, que pagará pelo serviço. “Já num segundo momento será aplicada multa e o leite apreendido será pasteurizado e doado para entidades assistenciais”, declarou Edna.

O médico veterinário da 14ª Regional de Saúde, Ailton Benini, explicou que o consumo do leite in natura oferece perigo para toda a população. “A pessoa que consome o leite in natura (sem pasteurização) corre sérios riscos de contrair doenças como brucelose, tuberculose e infecções tóxico-alimentares. O processo de pasteurização serve para eliminar a fontes patogênicas presente no leite. Se a pessoa ferve o leite, ela pode eliminar algumas bactérias, mas as toxinas ficam e as características do leite são alteradas, como a proteína, por exemplo. Então o ideal e o que é exigido por lei é que seja pasteurizado, já que a pasteurização mantém as características do leite”, lembrou Ailton.

O responsável técnico da Apelp e médico veterinário Aurélio Costa Neto, enfatizou que o consumidor também deve tomar cuidado na escolha do fornecedor de leite. “A pessoa deve comprar de cooperativas e associações com os devidos registros e identificação do processo de fiscalização. Os órgãos sanitários não fiscalizam apenas a pasteurização, mas o processo num todo. Existe um exame prévio do leite, além do controle do rebanho, vacinação, transporte e condicionamento do leite”, disse Aurélio.

Ele ainda destacou que antigamente não se faziam diagnósticos com o leite, por isso não se ouvia falar tanto nos perigos do consumo do alimento in natura. “O leite sempre apresentou problemas. Hoje em dia, se detecta mais os problemas porque existe um maior rigor e exigência por parte dos órgãos fiscalizadores, e com o grande volume de importação também existe uma maior chance de disseminação de doenças”, afirmou o responsável.

Fonte: Departamento de Imprensa - Prefeitura do Município de Paranavaí






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