Paraná realiza semana de mobilização para a luta contra as hepatites virais


  

Começou nesta segunda-feira (18/05), em todo Paraná, a Semana de Mobilização para a Luta Contra as Hepatites Virais. A campanha é uma parceria da Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde e prefeituras municipais. Até o dia 22, será oferecida vacinação para crianças e jovens, testes sorológicos gratuitos e orientação para a população. O objetivo é informar a sobre a doença, que na maioria das vezes não apresenta sintomas e pode evoluir para quadros crônicos, como cirrose e câncer de fígado.

Os eventos acontecem, simultaneamente, em todas as regiões do Estado e os testes para diagnosticar as hepatites serão oferecidos nas seguintes Regionais da Secretaria: Ponta Grossa, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Umuarama, Cianorte, Paranavaí, Maringá, Apucarana, Londrina, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Toledo e Ivaiporã.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre os anos de 2003 e 2007, o número de casos registrados no Paraná chegou a 10.451. Neste período, as hepatites B e C foram causa da morte de 488 pessoas. “Como são doenças silenciosas, muitas pessoas demoram muito para descobrir que foram infectadas e não buscam tratamento”, explica o secretário Gilberto Martin.

O coordenador do Programa Estadual de Controle das Hepatites Virais, Renato Lopes, alerta que a doença é causada por um vírus que afeta o fígado e pode ser transmitida principalmente por via sexual (tipo B), e através do sangue (C).

“Cerca de 20% dos casos de Hepatite B evoluem para forma crônica, enquanto nos casos de Hepatite C este índice é de aproximadamente 80%. Isto significa que, quando não busca tratamento, o indivíduo pode apresentar quadros de cirrose hepática grave e até mesmo câncer de fígado, tendo como única e última alternativa o transplante hepático”, conta ele.

Lopes destaca que, se diagnosticadas com antecedência, as hepatites virais têm tratamento e podem ser curadas. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e o tratamento é gratuito e oferecido pelo SUS, através das 22
farmácias especiais do Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).

Os postos de saúde da rede pública disponibilizam ainda a vacina contra o tipo B do vírus, para quem tem até 19 anos, e para grupos específicos em qualquer idade, conforme orientações do Ministério da Saúde. Contra a hepatite C não há, até o momento, nenhum tipo de vacina disponível.

Para se proteger da doença, a Secretaria da Saúde recomenda o uso de preservativos nas relações sexuais, o não compartilhamento de agulhas e seringas e a exigência de material esterilizado e descartável nos consultórios médicos, dentários, salões de manicure, procedimentos de tatuagem e colocação de piercings, entre outros.

Apesar de muitos casos serem assintomáticos, alguns infectados apresentam, durante a fase aguda da doença, sintomas como vômitos, dor abdominal, febre, fraqueza, urina escura e fezes esbranquiçadas, além de icterícia (pele e olhos amarelados).

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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