População deve ficar alerta sobre riscos da febre amarela


  

A Divisão de Vigilância e Controle de Agravos Estratégicos da Secretaria da Saúde alertou que apesar do Paraná não registrar casos de febre amarela urbana (somente silvestre – onde o contagio ocorre em área de risco) é necessário que a população se mantenha atenta quanto à presença do vírus.

De acordo com a coordenadora do Centro de Informações e Respostas Estratégicas de Vigilância em Saúde, Ângela Maron de Mello, o vírus da febre amarela é transmitido tanto aos seres humanos quanto aos macacos, por vetores.

“Quando monitoramos a morte de macacos por febre amarela temos um controle da presença do vírus no ambiente. Por isso, é importante que a população informe imediatamente a Secretaria de Saúde quando ocorrer morte ou doença nesses animais”, explica Ângela.

“O trabalho de vigilância não pára nunca e nossa equipe está atenta para qualquer situação. A população pode contribuir nos avisando, como, por exemplo, quando perceber em sua região a presença de macacos mortos”, explica o Secretário da Saúde, Gilberto Martin.

Neste ano, o Paraná registrou 58 mortes comprovadas de primatas com febre amarela e, de 2007 para 2008, teve cinco casos de febre amarela silvestre em humanos. Destes, dois autóctones (contraído dentro do Estado) e os demais importados (de outros lugares). “Dos óbitos, um foi de caso importado e outro de autóctone”, comenta.

Febre Amarela Urbana e Silvestre – A diferença de contágio entre a febre amarela urbana e a silvestre é o mosquito transmissor. Atualmente, os casos confirmados da doença no Brasil são da forma silvestre – contraídos em ambientes com matas ou florestas e transmitidas pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. A forma urbana – transmitidas pelo Aedes aegypti – não é manifestada no Brasil desde 1942.

Os sintomas da febre amarela (tanto silvestre quanto urbana) são: febre alta, dor de cabeça, dores musculares (abdominal), náuseas e vômitos – que se iniciam de maneira súbita. O paciente também pode manifestar a cor da pele amarela e ter hemorragias. Os rins podem parar de funcionar e, com isso, apresentar confusão mental, evoluir para o coma e chegar à morte.

Controle – Além de evitar focos de mosquitos em área urbana, a população pode prevenir novos casos por meio da vacinação. Segundo a coordenadora da divisão do programa estadual de imunizações, Beatriz Bastos Thiel, desde 1999 a vacina integra a rotina de imunização no Paraná. Entre este e o próximo ano a vacina, que é válida por 10 anos, deverá ser novamente aplicada nessa população.

“É importante que pessoas que nunca tomaram a vacina contra a febre amarela ou que tomaram há mais de dez anos e que vivam ou transitem em áreas de risco – com mata fechada e com circulação de animais silvestre – procurem qualquer posto de saúde e a atualizem”, explica.

A área de risco do Paraná compreende 188, dos 399 municípios, e esta localizada nas regiões sul, oeste e noroeste. Somente neste ano, no Brasil ocorreram 45 casos de febre amarela silvestre, destes 25 foram a óbito.

Capacitação – Entre 23 e 30 de novembro, a Secretaria da Saúde promove em Porto Rico – noroeste do Estado – atualização e capacitação em vigilância da febre amarela.

Participam do encontro 14 médicos veterinários ou biólogos lotados nas regionais de saúde e 12 técnicos que desenvolvem atividades na gerência da febre amarela.

Fonte: Agência Estadual de Notícias






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