Taxa de mortalidade infantil caiu pela metade em um ano


  

A Taxa de Mortalidade Infantil é um dos principais indicadores que ajudam a analisar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um determinado país ou cidade. Em Paranavaí, por exemplo, o coeficiente de mortalidade infantil do município caiu para menos da metade em um ano, passando de 13,78 mortes por mil nascimentos, em 2010, para 6,64 mortes/mil nascimentos, em 2011. Em número absoluto de óbitos, foram 15 casos em 2010 contra 8 em 2011. Os dados preliminares são da equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde.

O número ganha ainda mais expressão se comparado aos coeficientes nacional e estadual. Em 2010, a taxa brasileira que era de 21,86 mortes/mil nascimentos caiu para 21,17 em 2011. Já no Paraná, a taxa que era de 12,13 mortes/mil nascimentos em 2010 passou para 11,60 em 2011. Isso mostra que, enquanto em Paranavaí o coeficiente caiu para menos da metade de um ano para o outro, os índices do Brasil e do Paraná se mantiveram praticamente iguais no mesmo período.

Para a médica e diretora da Secretaria Municipal de Saúde, Gislaine Araújo Erédia, o bom resultado é fruto de políticas públicas eficientes na área da saúde, tais como a contratação médicos ginecologistas e pediatras, ampliação das equipes de Estratégia da Saúde da Família (ESF), que passaram de 11, em 2009, para 17, em 2011, e a melhora da comunicação dentro da Secretaria de Saúde, que tem priorizado a realização de ultrassom e exames durante o pré-natal.

“Com a contratação de mais quatro médicos ginecologistas e cinco pediatras através de concurso nos últimos três anos, e a ampliação das equipes de ESF, foi possível fazer um melhor acompanhamento de gestantes e bebês, o que culminou na queda de óbitos de crianças com até um ano de idade. Isso sem falar nos programas como o Mais Leite das Crianças e o Bolsa Família, que permitem que famílias em situação de vulnerabilidade social tenham renda para complementar a sua alimentação e cuidar melhor de suas crianças”, avalia Gislaine. “A queda da mortalidade infantil é um índice incontestável da melhora do desenvolvimento humano em nossa cidade”, completa a médica.

Na opinião da chefe da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Fernando Obana, o trabalho que vem sendo feito pelo município para tentar diminuir a mortalidade infantil na cidade é bastante visível, mas ainda pode e deve ser melhorado com o lançamento, em maio, do Programa Mãe Paranaense em todo o estado. O programa tem como objetivo oferecer atendimento integral à gestante e ao bebê, garantindo acompanhamento pré-natal com exames e consultas, e atenção ao recém-nascido até um ano de idade.

Fernanda, que também participa do Comitê de Prevenção de Mortalidade Materna e Infantil, revela ainda que a queda da taxa de mortalidade observada em Paranavaí não foi constatada na maioria dos municípios pertencentes à regional. Para ela, essa diferença pode ser atribuída tanto à ampliação das equipes de ESF, quanto à capacitação e contratação de médicos em Paranavaí. “Quanto mais gente com olho voltado para isso, mais rapidamente a gestante entra no serviço de atenção e melhor será o seu acompanhamento”, salienta.

Enfermeira chefe da maternidade da Santa Casa de Paranavaí, Renata Munhoz também participa do Comitê de Prevenção de Mortalidade Materna e Infantil. Para ela, tão importante quanto o acompanhamento de gestantes e bebês durante o pré-natal é a infraestrutura das maternidades e UTIs neonatal. “A UTI neonatal é hoje uma grande ajuda para os bebês que nascem prematuros ou com outros problemas”, ressalta. “Já o pré-natal é muito importante para que possamos prevenir o nascimento de prematuros”, completa.

De acordo com a enfermeira, pensando na segurança de gestantes e bebês de toda a região, a Santa Casa está realizando uma obra de ampliação da maternidade que inclui a construção de novos leitos de UTI neonatal. A obra deve ficar pronta em, aproximadamente, 60 dias.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social - Prefeitura do Município de Paranavaí






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