Vigilância divulga principais informações sobre a variante Delta recém-confirmada em Paranavaí


  

No último dia 17 de setembro, a Vigilância em Saúde de Paranavaí recebeu uma lista da 14ª Regional de Saúde com os resultados de alguns exames para identificação das cepas do vírus SARS-CoV-2 que podem estar em circulação no município. Entre as coletas por amostragem realizadas, duas tiveram resultados positivos para a variante Delta.

Segundo a equipe da Vigilância, o monitoramento da circulação das cepas do vírus SARS-Cov-2 por sequenciamento genético para detecção de variantes, é realizado pelo laboratório de referência nacional FIOCRUZ/RJ. As amostras são selecionadas através de um plano de amostragem respeitando o quantitativo de testes estabelecidos para cada Estado.

Com esta recente confirmação dos dois primeiros casos da variante Delta de Covid-19 em Paranavaí, muitas dúvidas e preocupações surgiram com relação à nova cepa do vírus. Para responder aos principais questionamentos, a Vigilância em Saúde do município preparou um texto com as informações mais importantes sobre a variante Delta.

Como surgiu a variante Delta?
Detectada pela primeira vez na Índia, em outubro de 2020, a mutação do vírus SARS-CoV-2 (causador da Covid-19), conhecida como Variante Delta (B.1 617.2, antes também chamada de variante indiana), já foi registrada em mais de 130 países, conforme divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 30 de julho deste ano. Ela é considerada uma variante de preocupação por ser mais transmissível do que as anteriores (Alfa, Beta e Gama), o que a faz mais contagiosa do que a cepa original.

Sua rápida disseminação em tempos de flexibilização das medidas de isolamento social em muitos países e no Brasil, chama a atenção dos cientistas em um momento em que os avanços para controlar a pandemia começavam a se observar a partir dos aumentos nas percentagens de cidadão vacinados.

Quais os principais riscos?
O grande problema da variante Delta é o seu alto poder de transmissibilidade. Já existem alguns trabalhos que mostram que ela é mais transmissível que a própria varicela e que o próprio Ebola, então isso é muito mais preocupante, pois pode causar mais mortes uma variante de alto poder de transmissão do que uma variante mais virulenta, ou seja, de capacidade maior de agressão ao organismo humano.

Quais os sintomas da variante Delta?
São semelhantes aos sintomas da variante Alpha e às de todas as variantes que existem hoje, que, na maioria das vezes, são quadros benignos de resfriado comum, mas também podem apresentar sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), podendo passar para uma vasta gama de sinais, como: obstrução nasal, coriza, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, irritabilidade, falta de apetite, diarreia, vômitos, dor abdominal, manchas na pele, e outros sintomas muito parecidos às da variante Alpha, o que torna impossível clinicamente distinguir uma variante da outra. Lembrando também que muitas pessoas não apresentam sintomas, mas mesmo sendo assintomáticas transmitem o vírus, inclusive os vacinados também transmitem com cargas virais elevadas.

As atuais vacinas são efetivas para combatê-la?
Ainda não existe nenhuma vacina disponível e aprovada pelos órgãos reguladores que tenha sido desenvolvida especificamente para proteção contra a variante Delta, pois as vacinas que temos hoje foram criadas para proteger da variante inicial Alpha. Porém, elas podem ser efetivas para combater formas graves da Covid-19. Em relação à variante Delta, as vacinas continuam mantendo um bom perfil de segurança na diminuição de hospitalizações, internações em terapia intensiva e outros.

Existem alternativas para enfrentar essa variante?
As alternativas para enfrentar essa variante são as mesmas que da variante Alpha: higienização de mãos, uso de máscaras adequadas, distanciamento social de, no mínimo, 1,5 metros entre as pessoas (quanto maior a distância maior a proteção, principalmente frente as cepas de alta transmissibilidade como a variante Delta), evitar aglomerações e a vacinação em massa. A consequência em um cenário de baixas coberturas vacinais em um grande número de pessoas é que o vírus possa se transformar em uma variante com maior transmissibilidade e/ou com maior virulência. No momento é recomendável intensificar as medidas de isolamento social.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social - Prefeitura do Município de Paranavaí






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